terça-feira, 27 de outubro de 2015

Fofocas, Mentiras, Palavras Ofensivas

Fofocas, Mentiras, Palavras Ofensivas


Dica Geral:
Comunicar-se é algo fundamental para qualquer jovem. Agora, você deve entender que outras pessoas são, de uma forma ou outra, alvos da sua comunicação. Portanto, cuidado ao falar sobre os outros, pois você pode estar criando situações que serão difíceis de serem superadas.
Nunca subestime o poder das palavras e entenda que se Deus dirigir sua vida, elas serão sempre cheias de amor.


“Sabe da última?
A Bete tá de rolo com aquele cara novo, o Rob. Andaram falando que é um mau elemento e já foi até preso, parece que ele mexe com drogas.”: 
“Não! Ele parecia tão
da hora.
É, mas as aparências enganam. Bom, na verdade, a vida da Bete sempre foi meio bagunçada, você sabe, os pais separados e tudo mais. Eu ouvi dizer que o pai dela...”

E vai por aí afora, muitas pessoas inocentes caem na rede da fofoca e sua reputação acaba se arruinando por histórias que não têm base na verdade. Parece até uma diversão inocente, um jeito de matar o tempo, mas as conseqüências podem ser de longo alcance, afetando muitas vidas durante anos e anos.
Palavras – como são poderosas! As palavras constroem. As palavras destroem. Mesmo assim, nós as usamos sem o mínimo cuidado. “Mentirinhas brancas”, é o que costumamos contar, mas as “mentirinhas brancas” podem ter negras conseqüências. O escritor Mark Twain disse certa vez: “A diferença marcante entre um gato e uma mentira, é que o gato tem sete vidas.”
Quando um comediante diz um palavrão na TV, geralmente rimos, mas nos surpreendemos quando as mesmas palavras escorregam dos nossos lábios quando prendemos o dedo na maçaneta da porta. “De onde veio isso?”, nós brincamos meio sem jeito. A Bíblia nos diz que “a boca fala do está cheio o coração”(Mat. 12:34). Controlar a linguagem, domar a língua é um dos mais importantes desafios que o cristão enfrenta. As palavras são ferramentas, e dependendo de como as usamos poderemos ter resultados bons ou maus.
Vivemos em um mundo que ama as palavras e é bombardeado com informações. TV, rádio, jornais, livros e Internet nos atingem com mais informação diária do que podemos processar. Basta apertar um botão e podemos mandar uma mensagem por e-mail a qualquer lugar do mundo. Isso seria uma coisa maravilhosa se esse recurso estivesse disponível quando meus pais serviram como missionários na Ásia Central, alguns anos atrás. Mas hoje, através do incrível sistema que a Internet provê, podemos nos comunicar com qualquer pessoa em questão de minutos, pelo preço de um telefonema local. Quando os nossos queridos estão distantes, nada é tão importante quanto a comunicação. Pergunte a qualquer casal separado por quilômetros de distância como as cartas e os telefonemas são importantes para manter firme o relacionamento.
Mesmo com a abundância de palavras e informações ao nosso redor, será que conseguimos nos comunicar verdadeiramente? Sydney J. Harris disse: “As duas palavras, informação e comunicação, são usadas indistintamente, mas significam duas coisas bem diferentes. A informação relata e a comunicação partilha”(Reader’s Digest, abril 1995, pág. 34). Todas as palavras do mundo não terão significado se não houver compreensão. Sem uma boa comunicação, nada teremos a não ser, como Shakespeare disse: “Palavras, palavras, meras palavras, nada significam ao coração.”
Paulo, em uma de suas cartas, dá um conselho importante: “Tenham um conversa agradável e sensata, pois assim vocês terão a resposta certa para todo mundo”(Col. 4:6 BV). A boa comunicação é essencial ao nosso relacionamento. É por isso que mentiras, fofocas e palavras ofensivas são tão prejudiciais, pois elas bloqueiam a boa comunicação e levantam barreiras nos relacionamentos.
Então, quais são os segredos da boa comunicação? Como podemos melhorar o contato com as pessoas que encontramos a cada dia, na escola, no trabalho ou em casa? Como podemos vencer o hábito de mentir, fofocar ou dizer palavras que ofendem? Não é muito fácil. Afinal, em Tiago 3:8 lemos: “nenhum ser humano pode domar a língua”. Mas existe uma solução, e é por esta razão que a Palavra se fez carne. É somente pela fé no poder vencedor que Jesus provê, através do Seu Espírito, que podemos “domar nossa língua”. A Bíblia promete: “Porque eu posso fazer todas as coisas que Deus me pede com a ajuda de Cristo, que me dá a força e o poder.” Jesus pode nos dar a vitória sobre o hábito de mentir, fofocar e xingar; além disso, ajuda-nos a desenvolver as habilidades de uma boa comunicação. Mas devemos pedir, porque Ele promete: “Peçam e vocês receberão aquilo que pedirem. Procurem e vocês acharão, batam e a porta se abrirá” (Mat. 7:7, BV).
O próximo passo para se tornar um bom comunicador nada tem a ver com saber conversar. Na verdade, os melhores comunicadores conversam muito pouco; ao invés de falar, ouvem. Mas eles não só ouvem o que está sendo dito...eles escutam, são “ouvintes ativos”.
Ouvir ativamente envolve dois outros elementos principais. O primeiro é o contato visual. Um bom ouvinte olha diretamente nos olhos da pessoa que fala e, quando possível, mantém o contato visual. Nossa tendência natural é olhar para qualquer outro lugar, acima dos ombros de quem fala ou ficar observando seus lábios se moverem; porém, em muitos casos, os olhos podem dizer mais que as palavras. Manter o contato visual ajuda não só a prestar atenção ao que está sendo dito, como também lhe dá algumas pistas não-verbais sobre o que a pessoa está tentando lhe dizer.
Os olhos do seu interlocutor não se fixam em ponto nenhum da sala? Talvez esteja nervoso. Ele recusa o contato visual com você? Talvez não esteja sendo totalmente sincero, ou quem sabe seja uma pessoa muito tímida. Não se apresse em tirar conclusões antes de ter certeza dos fatos. Observar os olhos da pessoa permite perceber tristeza, alegria, raiva, medo ou cansaço. Tudo isso ajuda a contextualizar a conversa de modo que você compreenda melhor o que está sendo dito. Outro benefício do contato visual é a demonstração de que você está interessado, o que torna mais fácil para ele ou ela abrir-se com você.
A segunda chave para a boa comunicação é a concentração. Não permita que sua mente vagueie enquanto alguém está conversando com você. Não é possível assistir TV e ao mesmo tempo bater papo com alguém. A TV vai ganhar sempre e a maior parte do que está sendo dito pelo seu interlocutor se  perderá. Não se preocupe também com o que vai dizer a seguir. Se fizer isso, vai acabar fazendo o outro se desligar da conversa. Ao invés disso, concentre-se no que  o seu interlocutor está dizendo e como diz. Observe como ele ou ela usa as mãos e gesticula para se expressar. Procure notar o seu tom de voz e a velocidade com que fala. A Regra de Ouro: “Trate os outros como quer que os outros tratem você” (Luc. 6:31) aplica-se tanto às habilidades de comunicação como às outras áreas da vida. Ouça as pessoas como gostaria que elas o ouvissem. Não se preocupe, pode ser que, às vezes, não haja oportunidade de dizer nada porque a outra pessoa fala demais. Quando acontecer, é preciso lembrar algumas coisas. Primeiro, saiba quando falar. “Há um tempo para cada coisa...tempo para rasgar e tempo para costurar, tempo para ficar quieto, tempo para falar”(Ecl. 3:1,7, BV). Lembre-se do velho ditado: “É melhor ficar quieto e ser considerado um tolo do que abrir a boca e provar que é mesmo”.
Em segundo lugar, lembre-se de que a Regra de Ouro aplica-se tanto ao falar quanto ao ouvir. Dirija-se à outra pessoa com respeito e cortesia, não importa  quem seja. Fale com clareza e em tom audível para ser bem compreendido. Não há nada mais frustrante para o ouvinte do que ficar repetindo: “O que você disse?”
Finalmente, seja verdadeiro e preciso. Pense com cuidado no que vai dizer antes de abrir a boca. Evite exageros ou meias verdades, o que nada mais é do que a velha mentira; e não diga frases como “Vou lhe contar a verdade”. Quando ouço tal expressão é como se eu ouvisse: “Por favor, minta para mim!” Jesus disse: “Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mat. 5:37).
Durante a Segunda Guerra Mundial, um jovem oficial estava aprendendo a operar o radar em Pearl Harbor. No dia 7 de novembro de 1942, enquanto praticava, percebeu uma série de sinais na tela, indicando que um grande número de aviões se aproximava rapidamente do Havaí. Com muito entusiasmo, ele relatou o fato aos oficiais super-visores que come-çaram a rir de sua afobação e inexpe-riência. Desdenhando do rapaz, ignoraram o sinal de advertência e ordenaram que ele voltasse ao seu posto. Ao retornar, o oficial observava com crescente preocupação os sinais cada vez maiores na tela, indicando a aproximação do inimigo. Em seguida, houve um colapso no sistema de comunicação e por causa disso, milhares de marinheiros foram sepultados no mar, naquele dia em que os aviões japoneses invadiram o céu azul tropical de Pearl Harbor.
“A morte e a vida estão no poder da língua, o que bem a utiliza come do seu fruto”(Prov. 18:21). Decida hoje desenvolver suas habilidades comunicativas para evitar conversas nocivas como mentiras, mexericos e palavras ofensivas. E, acima de tudo, “tranqüilamente se entregue aos cuidados de Cristo, seu Senhor. E, se alguém perguntar por que você crê assim, esteja preparado para contar-lhe e faça isso de uma maneira amável e respeitosa” (I Pedro 3:15). A língua é uma espada de dois gumes. Use-a com sabedoria.



Textos do Espírito de Progecia:


Fofocas e Mexericos:


Intimamente ligada ao mexerico está a insinuação encoberta, esquiva, pela qual o coração impuro procura insinuar o mal que não ousa exprimir abertamente. Os jovens devem ser ensinados a evitar toda aproximação de tal prática como evitariam a lepra.
No uso da língua não há talvez nenhum erro que adultos e jovens estejam mais prontos a desculpar em si do que o falar precipitado, impaciente. Acham que é uma desculpa suficiente responder: "Eu estava fora de mim, e realmente não queria dizer aquilo que falei." Mas a Palavra de Deus não trata disto levianamente. As Escrituras dizem:
"Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há de um tolo do que dele." Prov. 29:20.
"Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito." Prov. 25:28.
Em um momento, pela língua precipitada, apaixonada, descuidosa, pode-se cometer um mal que o arrependimento de uma vida toda não poderá desfazer. – Educação, pág. 237


Não temos tudo para que nosso pensamento esteja nas coisas celestiais? Não temos tudo para erguer-nos diretamente deste mundanismo e sensualidade, desta conversa frívola e destituída de senso, destes gracejos e zombarias, destes relatos falsos, mexerico e ruins suspeitas? Eliminai tudo isso! É uma desonra para a igreja! Debilita e enfraquece a igreja.
Nossa conversação deve ser santa. Como Deus é santo em Sua esfera, sejamos santos em nossa esfera. Exultemos no precioso Salvador, o qual morreu para resgatar-nos, e reflitamos a glória de volta a Deus. Unamo-nos com o céu em nossos louvores aqui e com os cânticos dos anjos celestiais na cidade de nosso Deus. – Fé e Obras. Pag. 79


Pensamos com horror nos canibais que se banqueteiam com a carne ainda quente e trêmula de sua vítima; mas serão os resultados desta mesma prática mais terríveis do que a agonia e ruína causadas pela difamação dos intuitos, pela mancha da reputação, pela dissecação do caráter? Aprendam as crianças, bem como os jovens, o que Deus diz a respeito destas coisas: "A morte e a vida estão no poder da língua." Prov. 18:21. Educação, pág. 235.



O espírito da tagarelice e maledicência é um dos instrumentos especiais de Satanás, para semear a discórdia e a luta, para separar amigos e solapar a fé de muitos na veracidade de nossas crenças. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 490.


Vi que, quando irmãs dadas a muito falar se reúnem, geralmente Satanás está presente, pois ele encontra emprego. Ele está ao lado, para agitar a mente e tirar o maior proveito da vantagem conseguida. Ele sabe que toda essa tagarelice e mexerico e revelação de segredos e dissecação de caracteres separa de Deus a alma. É morte para a espiritualidade e para uma calma influência religiosa.
A irmã ______ peca muitíssimo com a língua. Deveria ela, por suas palavras, exercer uma influência para o bem, porém muitas vezes fala impensadamente. Às vezes suas palavras põem nas coisas uma construção que elas não têm. Às vezes há exagero. Outras vezes há afirmações errôneas. Não é que haja intenção de falsear, mas o hábito de muito falar, e falar sobre coisas inaproveitáveis, foi acalentado por tanto tempo que ela se tornou descuidosa e imprudente em suas palavras e muitas vezes ela mesma não sabe o que está afirmando. Ela destrói qualquer influência para o bem que poderia ter. É tempo de que haja inteira reforma nesse respeito. Sua companhia não tem sido prezada como seria se ela não tivesse condescendido com essa pecaminosa tagarelice. Testimonies, vol. 2, págs. 185 e 186.


A língua que se deleita no dano que causa, a língua mexeriqueira que diz: "Conte, e eu o espalharei", diz o apóstolo Tiago que é inflamada pelo inferno. Tia. 3:6. Espalha tições de fogo por toda parte. Que se importa o tagarela se ele difama o inocente? Ele não deterá sua obra iníqua, embora destrua a esperança e o ânimo naqueles que já se estão a submergir sob as suas cargas. Só se lhe dá condescender com a sua inclinação de amar o escândalo. Mesmo professos cristãos fecham os olhos a tudo que é puro, honesto, nobre e amável, entesourando tudo que é objetável e desagradável, e publicando-o ao mundo. ... – Testemunhos Seletos Vol.2, pág.20


O inimigo tem insuflado sentimentos de ódio no coração de muitos. Os erros por ele cometidos têm sido levados de pessoa a pessoa, constantemente aumentando em magnitude, à medida que línguas ativas, mexeriqueiras, lançavam combustível ao fogo. – Conselhos Sobre Educação , pág.81


Não devemos ser mexeriqueiros, bisbilhoteiros ou boateiros; não devemos dar falso testemunho. Somos proibidos por Deus de empenhar-nos em conversas frívolas e insensatas, em gracejos e pilhérias, ou proferir palavras ociosas. Temos de prestar contas a Deus do que dizemos. Seremos levados a juízo por nossas palavras precipitadas, que não fazem bem para quem fala ou para quem ouve. Falemos todos, portanto, palavras que sejam boas para edificação. Lembrai-vos de que sois valiosos para Deus. Não permitais que vossa experiência cristã se componha de conversas baixas e insensatas ou de princípios errôneos. – Fundamentos da Igreja Cristã, pág. 458


Há alguns que vigiam com a mente e os ouvidos abertos para captar os escândalos que estão no ar. Reúnem
Pág. 505
pequenos incidentes que em si mesmos são sem importância, e que são repetidos e exagerados até que um homem é considerado um ofensor por uma palavra. Seu moto parece ser: 'Conte e nós o contaremos.' Esses mexeriqueiros fazem a obra de Satanás com surpreendente fidelidade, pouco sabendo quão ofensivo a Deus é seu procedimento. ... Deve a porta do espírito ser fechada contra: 'Dizem', ou 'Ouvi'. Por que não devemos nós, em vez de permitir que o ciúme ou as más suspeitas entrem em nosso coração, ir ao nosso irmão, e, depois de com franqueza mas de maneira bondosa apresentar-lhe as coisas que ouvimos e que vêm em detrimento de seu caráter e de sua influência, orar com ele e por ele? Embora não possamos associar-nos com os que são inimigos acérrimos de Cristo, devemos cultivar o espírito de mansidão e de amor que caracterizou o nosso Mestre - o amor que não pensa mal, e que não se deixa facilmente provocar. – Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 505


As palavras irrefletidas e indelicadas pronunciadas aumentam com cada repetição. Um e outro acrescenta uma palavra, até que o boato assume grandes proporções. Faz-se grande injustiça. Por suas injustas suspeitas e injustos juízos, os mexeriqueiros prejudicam sua própria experiência e lançam na igreja a semente da discórdia. Se pudessem ver as coisas como Deus as vê, mudariam de atitude. Reconheceriam como, enquanto procuravam defeitos em seus irmãos e irmãs, negligenciaram a obra que Ele lhes deu para fazer.

O tempo gasto em criticar os motivos e atos dos servos de Cristo melhor poderia ser empregado em oração. – Testemunhos Seletos Vol.3, pág. 228

Um comentário:

  1. Já fazem um bom tempo que venho tomando muito cuidado, suplicando e clamando á DEUS que me ajude a cuidar das palavras que digo, pois é muito triste dizer palavras, pelas quais me arrependo depois ...
    Obrigada Pr. Areli Barbosa por esse texto que estou absorvendo com muito carinho...

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